sábado, 16 de fevereiro de 2013

Processo de Construção "O Condenado" 11º Encontro



O diretor chegou p esse encontro e já mandou fazer de imediato a cena. Nesse encontro íamos fazendo a cena e ele ia fazendo a marcação.  Meu diretor me deixou livre para criar o personagem e interpretar. Me deu várias dicas e a cada vez que repetíamos a cena eu me inspirava mais.

Ele salientou que não estava focando interpretação, mas sim intenções e a marcação de palco. Mas com certeza, seu olhar estava atento à minha interpretação precária, mas bastante compenetrada.

João Bosco, o diretor, tem o poder de fazer com que nos sintamos bem a vontade no ensaio. Claro que há correções, mas ele conduz de um jeito que nos inspira à extravasar e criar.

Após marcar grande parte do primeiro ato, passamos prá segunda parte do ensaio. Ele pediu prá que eu fizesse detalhadamente a partitura de meu texto. Com uma caneta e o texto na mão comecei então a fazer a partitura de dois trechos indicados por ele. Vinte minutos depois, ele pediu que eu lesse  o texto com a partitura que eu fiz.  Não ficou bom. Alías, ele me apontou inúmeros defeitos. E pediu para que eu repetisse.

Comecei tudo de novo, só que desta vez, me levantei e comecei a encenar e repetindo várias vezes  a mesma frase. Quando acertava a partitura, eu a marcava no texto. Mais 15 minutos se passaram, e consegui dessa vez fazer a partitura de apenas uma frase.

O diretor me convidou prá sentar e me explicou que esse era o caminho. Nos próximos 4 encontros, estarei sozinho, pois ele irá viajar, mas me pediu para ensaiar com as marcações, buscar possibilidades de interpretações e fazer detalhadamente a partitura no texto.

Enfim, foi o melhor encontro de todos. Voltei para casa pensando intensamente no personagem.

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