segunda-feira, 12 de julho de 2010
FALANDO DE FIGURINO
O figurino intervém, neste sentido, como um instrumento de deformação e de transformação do físico. A coroa, o pesado manto real, darão a este ator que, na rua, anda como você e eu, um porte hierático e um passo majestoso. É claro que este fenômenos não é nem simples nem mecânico. O que transforma o ator, de fato, é simultaneamente a roupa e a consciência de representar um personagem nobre. É freqüente que, nos ensaios, o ator use panos e objetos improvisados que terão uma semelhança muito vaga com o figurino previsto. O que não diminuirá o objetivo de ajudar o ator a aprumar-se no porte exigido. Os atores bem sabem o quanto lhes pode valer um figurino bem-concebido e, ao contrário, que entraves podem surgir de uma vestimenta inadequada. Porque ela é como que o prolongamento do corpo, e até mesmo da própria personalidade do ator. É uma espécie de trampolim que permite "projetar" eficazmente o seu personagem. Idealmente, o figurino deve ser determinado em função da ação, do personagem, da direção... mas também do ator que vai usá-lo.
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