Começamos o ensaio com aquecimento e abdominais. Fiquei alguns minutos pulando corda e falando o texto.
Passamos as cenas, e era me pedido várias intenções novas no mesmo trecho. O diretor sempre me cobrava que trouxesse para o ensaio coisas novas. Que eu realizasse um processo de pesquisa pessoal em casa e apresentasse algo novo.
Após passar o ensaio várias vezes, nos sentamos para conversar.
O diretor me dizia que a sensação que ele tinha é que eu não estava entendendo o texto. Apenas tinha decorado. Ele leu toda uma cena, explicando quase que palavra por palavra. Explicou intenções, sentimentos. Fui descobrindo o quanto o texto era rico. Seu sentido transcendia , e muito, o mero significado das palavras.
Também, ele pontuou e reafirmou os mesmos problemas de sempre, que já os citei no encontro anterior. Teríamos que dar um novo tempo no processo, devido à viagens e programações no final de ano. A estréia ainda não seria em 2013. O processo está quase fazendo aniversário de 1 ano. rs
quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
Processo de Construção "O Condenado" 15º Encontro
Antes de esplanar o que aconteceu no ensaio, quero salientar aos leitores que a data da postagem não corresponde à data que aconteceu o ensaio. Sempre registro o diario em um caderno e quando tenho tempo e me animo, rs, digito aqui no blog. Vamos entao ao que interessa...
Hoje, Joao Bosco levou a atriz Sol Silveira para assistir o ensaio. Já começamos ensaiar diretamente , pois eu tinha chegado antes e já estava e alongando.
Ela ia filmar o ensaio. Fiz tudo que havíamos montado. Depois, começamos a passar a cena final. Eu estava muito nervoso, e quando fico nervoso, começo a rir. Isso irritou o diretor, pois parecia que estava debochando.
Começamos a conversar discutindo o ensaio. Pontos abordados pelo diretor:
- O texto não está bem decorado
- Está muito falso, sem verdade cênica.
- Tenho julgado meu personagem , enquanto tinha que defende-lo.
- Estou querendo me mostrar em cena, isso é obsceno com o público.
- Não me concentro, parece que nao estou levando a sério.
- Meu riso é um desrespeito com o diretor, ele se sentiu ofendido.
Depois a sol reafirmou tudo isso e me disse algo que martelou em minha mente depois o tempo todo: que eu nao dominava o publico, a cena. Eu deixava o diretor me dominar e ia fazendo as coisas que ele pedia. Um robô.
Enfim, eu precisava me dedicar, me concentrar, atuar de verdade.
Fui para casa pensativo. A sensação é que não estávamos progredindo.
Hoje, Joao Bosco levou a atriz Sol Silveira para assistir o ensaio. Já começamos ensaiar diretamente , pois eu tinha chegado antes e já estava e alongando.
Ela ia filmar o ensaio. Fiz tudo que havíamos montado. Depois, começamos a passar a cena final. Eu estava muito nervoso, e quando fico nervoso, começo a rir. Isso irritou o diretor, pois parecia que estava debochando.
Começamos a conversar discutindo o ensaio. Pontos abordados pelo diretor:
- O texto não está bem decorado
- Está muito falso, sem verdade cênica.
- Tenho julgado meu personagem , enquanto tinha que defende-lo.
- Estou querendo me mostrar em cena, isso é obsceno com o público.
- Não me concentro, parece que nao estou levando a sério.
- Meu riso é um desrespeito com o diretor, ele se sentiu ofendido.
Depois a sol reafirmou tudo isso e me disse algo que martelou em minha mente depois o tempo todo: que eu nao dominava o publico, a cena. Eu deixava o diretor me dominar e ia fazendo as coisas que ele pedia. Um robô.
Enfim, eu precisava me dedicar, me concentrar, atuar de verdade.
Fui para casa pensativo. A sensação é que não estávamos progredindo.
Processo de Construção "O Condenado" 14º Encontro
Passamos 1 semana e meia sem ensaiar. Infelizmente, estou passando um período muito dificil em minha vida particular, isso tem me atrapalhado a me entregar nesse processo.
Começamos o ensaio com um aquecimento e alongamento. Enquanto estava alongando, meu diretor colocou um áudio de vozes falando textos e trechos de livros .
Não entendi a princípio, e achei muito idiota. Como sempre julgando a mim, e a tudo. Mas, aquele som ia penetrando minha mente, de forma que nem pensava mais nos exercícios. Aquilo despertou em mim, uma sensação de querer ouvir a voz e as pausas. O som das vozes me davam prazer e me deileitava na sonoridade das palavras. Hoje, foi me proposto uma nova concepção de cena. E quando comecei a faze-la, estava numa energia interna estranha, os textos ouvidos ainda ecoavam em meus ouvidos, embora já tivesse sido desligado o áudio.
Essa sensação me deixou desconfortável, estava perdendo meu controle. Decidi tomar o controle da situação novamente. E me concentrei no que estava fazendo. Interpretava a cena convencido de que estava boa e que estava totalmente entregue.
Sempre olhava de soslaio para ver como estava meu diretor. Ele nunca me olhava, sempre fazia outras coisas no celular, ou anotava algo em um papel qualquer.
Ao final, ele me pediu para sentar e disse que estava horrivel. Que eu nao me concentrava. Que minha voz estava cantada e sem entonações. Não havia intençoes e muito menos verdade. Era tudo falso e meu corpo, totalmente desconexo com o que estava propondo fazer.
Fim de ensaio.
Começamos o ensaio com um aquecimento e alongamento. Enquanto estava alongando, meu diretor colocou um áudio de vozes falando textos e trechos de livros .
Não entendi a princípio, e achei muito idiota. Como sempre julgando a mim, e a tudo. Mas, aquele som ia penetrando minha mente, de forma que nem pensava mais nos exercícios. Aquilo despertou em mim, uma sensação de querer ouvir a voz e as pausas. O som das vozes me davam prazer e me deileitava na sonoridade das palavras. Hoje, foi me proposto uma nova concepção de cena. E quando comecei a faze-la, estava numa energia interna estranha, os textos ouvidos ainda ecoavam em meus ouvidos, embora já tivesse sido desligado o áudio.
Essa sensação me deixou desconfortável, estava perdendo meu controle. Decidi tomar o controle da situação novamente. E me concentrei no que estava fazendo. Interpretava a cena convencido de que estava boa e que estava totalmente entregue.
Sempre olhava de soslaio para ver como estava meu diretor. Ele nunca me olhava, sempre fazia outras coisas no celular, ou anotava algo em um papel qualquer.
Ao final, ele me pediu para sentar e disse que estava horrivel. Que eu nao me concentrava. Que minha voz estava cantada e sem entonações. Não havia intençoes e muito menos verdade. Era tudo falso e meu corpo, totalmente desconexo com o que estava propondo fazer.
Fim de ensaio.
Processo de Construção "O Condenado" 13º Encontro
Diretor ainda viajando. Tive um ensaio sozinho. Cheguei, fiz alongamentos e corri por algum tempo, até sentir o suor escorrer na testa. Gosto da energia que isso me provoca.
Ensaiei a cena vagarosamente, fazendo tentativas de corporeidades. A impressão que tive foi que se passaram 2 horas de ensaio. Quando me cansei e olhei, havia passado apenas 20 minutos. O tempo não passava.
Tenho muita dificuldade em concentrar, até porque nunca havia me concentrado totalmente no que estava fazendo, pois sempre me aventurei na autodireção. Estava atuando e preocupado com inúmeras coisas ao mesmo tempo. Era muito dificil pensar somente no personagem. Mas, vamo que vamo!!!!!!!
Ah...terminei o ensaio 5 minutos depois...
Ensaiei a cena vagarosamente, fazendo tentativas de corporeidades. A impressão que tive foi que se passaram 2 horas de ensaio. Quando me cansei e olhei, havia passado apenas 20 minutos. O tempo não passava.
Tenho muita dificuldade em concentrar, até porque nunca havia me concentrado totalmente no que estava fazendo, pois sempre me aventurei na autodireção. Estava atuando e preocupado com inúmeras coisas ao mesmo tempo. Era muito dificil pensar somente no personagem. Mas, vamo que vamo!!!!!!!
Ah...terminei o ensaio 5 minutos depois...
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