O diretor chegou p esse encontro e já mandou fazer de
imediato a cena. Nesse encontro íamos fazendo a cena e ele ia fazendo a marcação.
Meu diretor me deixou livre para criar o
personagem e interpretar. Me deu várias dicas e a cada vez que repetíamos a
cena eu me inspirava mais.
Ele salientou que não estava focando interpretação, mas sim
intenções e a marcação de palco. Mas com certeza, seu olhar estava atento à
minha interpretação precária, mas bastante compenetrada.
João Bosco, o diretor, tem o poder de fazer com que nos
sintamos bem a vontade no ensaio. Claro que há correções, mas ele conduz de um
jeito que nos inspira à extravasar e criar.
Após marcar grande parte do primeiro ato, passamos prá
segunda parte do ensaio. Ele pediu prá que eu fizesse detalhadamente a
partitura de meu texto. Com uma caneta e o texto na mão comecei então a fazer a
partitura de dois trechos indicados por ele. Vinte minutos depois, ele pediu
que eu lesse o texto com a partitura que
eu fiz. Não ficou bom. Alías, ele me apontou
inúmeros defeitos. E pediu para que eu repetisse.
Comecei tudo de novo, só que desta vez, me levantei e
comecei a encenar e repetindo várias vezes
a mesma frase. Quando acertava a partitura, eu a marcava no texto. Mais
15 minutos se passaram, e consegui dessa vez fazer a partitura de apenas uma
frase.
O diretor me convidou prá sentar e me explicou que esse era
o caminho. Nos próximos 4 encontros, estarei sozinho, pois ele irá viajar, mas
me pediu para ensaiar com as marcações, buscar possibilidades de interpretações
e fazer detalhadamente a partitura no texto.
Enfim, foi o melhor encontro de todos. Voltei para casa
pensando intensamente no personagem.