"Meu corpo, ele próprio se move, meu movimento se desenvolve. Ele não está na ignorância de si, não é cego para si, ele irradia de um si" (Merleau-Ponty)
O trabalho do ator é árduo, deve visar uma transformação sobre si mesmo em busca de tornar visível e palpável a invisibilidade interior.
Ele vê, se vê e é visto. É necessário conhecer-se, um desejar transformar-se, um querer enfrentar-se. É preciso trilhar um caminho de autoconhecimento, de comunhão com o mundo e de expressão no e do mundo. Fazer teatro é, sobretudo, uma opção total de vida.
É importante estudar o corpo. E como foco de atenção, o corpo se potencializa no teatro e na dança, não apenas como seu principal instrumento de criação, mas também como veículo de transmissão de informações. O corpo do ator deixa o registro de uma estética e, o teatro enquanto arte, também tem o poder de demonstrar e até mesmo impor novos modos de ver.
O corpo possui uma linguagem própria, culturalmente incorporada, intrinsecamente ligada à história individual do sujeito. O ator deve buscar a sua linguagem expressiva, desestruturando-se, reconstruindo-se infinitamente...
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