terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Processo de montagem "O Condenado" 4º Encontro




Hoje, mais um encontro para a montagem de “O Condenado”.  Mais de mês parados. Mas, agora vamos recomeçar de um modo mais intenso. Hoje, eu e o diretor João conversamos pouco sobre o espetáculo.  O ensaio foi cheio de abdominais, trabalhamos muito a coluna. Foram exercícios aeróbicos muito fortes. Realmente sofri muito.
Trabalhamos também uma série de exercícios sobre postura.
Amanhã, os trabalhos continuam...

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

TEATRO IMAGEM


Boal em seu livro "Jogos para atores e não-atores" nos ensina varios tipos de teatro. Mas um eu gostei muito e até já realizei com alunos: o Teatro Imagem.
Com um grupo de alunos, monta-se uma cena com estátuas. Usa-se apenas corpo e objeto. Não há palavras.
A cena mostra visulamente um pensamento coletivo, uma opinião generalizada, sobre um tema dado. Os espectadores interferem e mudam a cena. 
Faz-se  o esquema: Imagem conflito X Imagem sonho.
Por exemplo:
- Montamos uma cena de pessoas morrendo a mingua numa fila do SUS. (Imagem conflito). O público discutiu o que estavam vendo e mudaram a cena para pessoas sendo bem atendidas.
- Montamos uma cena de uma criança sendo assediada por um pedófilo. (Imagem conflito). O publico mudou a cena para uma criança brincando e o homem trabalhando. (Imagem sonho).
Esse tipo de teatro gera a discussão e reflexão.


terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Processo de Montagem "O Condenado"" 3º Encontro

Hoje, sexta-feira dia 14.12.2012, tivemosmais um encontro. Eu e o diretor João Bosco, nos encontramos em um mini auditório que fica no subsolo de uma igreja. Um lugar amplo e silencioso. Fizemos uma nova leitura do texto que estávamos reescrevendo. "O Condenado" estava tomando um novo formato.
Discutimos mais uma vez sobre o livro e os filmes. Novos acréscimos foram feitos ao texto.
Depois, fiz um breve alongamento.
Com uma cadeira na diagonal, comecei a ler o texto e interpretá-lo, o diretor ia me passando algumas idéias. Muito poucas, queria me deixar livre.
De repente, ele me pede para correr pelo salão dando 20 voltas. Mas correr muito rápido, e ia gritando para correr mais rápido. Após as 20 voltas, eu deveria me sentar na cadeira e recomeçar a cena.
Estava muito ofegante, e nao consegui começar a cena de imediato. Após consegui iniciar, ele me pede para falar o texto, sem ler, e dando pulos, me abaixando até o chão e me erguendo com um salto, e falando o texto.
Comecei a passar mal. Minha pressão baixou, tive uma conjestão, pois havia almoçado há 1 hora (esse foi um erro grave de minha parte).Meu estomago embrulhou, minha vista escureceu, fiquei tonto. Me sentei na cadeira e falei o texto com improvisações em cima do que estava sentindo. O diretor percebeu que eu estava passando mal. Demos uma pausa. Deitei no chão até melhorar.
Após ter passado , nos sentamos, discutimos novamente a dramaturgia do texto.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Processo de Montagem "O Condenado" 2º Encontro

Eu e o diretor João Bosco nos encontramos novamente. Discutimos o livro e os filmes que ele pediu no primeiro encontro. "O processo" se tornou um referencial para a contrução de nossa dramaturgia. Falamos sobre um sistema que acusa uma pessoa sem ela saber o que tenha feito. Discutimos o perfil desse personagem e suas reações diante dessas acusações.
Alguns fragmentos do livro foram sendo adicionados ao texto de "O condenado". O diretor já havia feito isso antes, trazendo uma parte do texto reescrito e íamos discutindo e acrescentando ao mesmo tempo.
Enquanto ator, eu ia assimilando cada palavra, cada dica. Em minha cabeça, passam mil coisas, mil intenções. Começa-se entao a contrução de meu personagem, de sua personalidade. Muitas idéias surgiram nesse encontro.

Processo de montagem "O Condenado" 1º Encontro

Passo a registrar aqui no blog, o processo de construção do espetáculo: "O Condenado". Sou Jaime Júnior e estou sendo dirigido pelo ator e  diretor João Bosco Amaral.
O projeto foi aprovado na Lei de Incentivo à cultura.
Escrevi um texto sobre um homem que já matou pessoas e roubou um banco. Em seu país, ele foi condenado à cadeira elétrica.  O texto é um monólogo.
Nosso processo de construção, começou em um primeiro encontro que aconteceu na tarde do dia 11.12.2012 nas dependências do Grande Hotel em Goiânia.
Eu e o diretor fizemos uma leitura branca do texto. Ele me disse que não gostava do texto, mas gostava da idéia. Pediu autorização para que pudéssemos reescrevê-lo. Claro que autorizei.
O diretor me disse que eu tenho uma tendência de julgar meus personagens, devo deixar que o público os julgue. Preciso apenas interpretá-los, defendê-los.
Ele me passou algumas referências de filmes e livro para que eu pudesse iniciar a construção , ei-los:
- Livro: O Processo - Kafka
- Filme: O Processo , O Silêncio dos Inocentes

Conversamos um pouco sobre o personagem canibal de "O Silencio dos Inocentes".
Assim, terminou nosso primeiro encontro.

sábado, 3 de novembro de 2012

Peça Didática de Bertolt Brecht


Bertolt Brecht (b.b.) escreveu três categorias de peças didádicas: Peça didática escrita para corais operários, Peça Didática para o rádio e Peça Didática Escolar.
A peça escolar :
- deve ser encenada com os recursos que se dispõe no espaço;
- no caso de apresentação pública da peça didática, Brecht propõe uma relação entre palco e platéia que visa incorporar os espectadores à ação;o
- o adereço na peça didática tem caráter de signo;
- caracteriza seu estilo na lógica da fábula, visando desencadear o processo de discussão e investigação do grupo;
- o objetivo da peça não é a apresentação ou aprendizagem de um sentimento , ensinamento, moral, mas sim o exame coletivo de um recorte da realidade de vida dos participantes.

domingo, 2 de setembro de 2012

O CORPO


É a partir do trabalho com o corpo que o ator encontrará um caminho mais seguro e direcionado se quiser uma melhor compreensão de todo seu aparato criativo, uma vez que nosso corpo é aquilo que, de fato, se relaciona com o mundo exterior, e através dos órgãos sensíveis (tato, paladar, olfato, audição e visão) capta fragmentos deste mesmo mundo que serão absorvidos por nosso cérebro e transformados em sensações.
Stanislvaski, como alguém que combatia o gesto vazio, a ação física estereotipada, vazia de sentido e sentimento, acabou por discorrer longamente em seus livros (fundamentalmente nos três que falam diretamente sobre o trabalho do ator: A Preparação do Ator, A Construção da Personagem e A Criação de um papel) sobre os aspectos que podemos chamar de “interiores” na arte de representar, como a memória, o sentimento de verdade, a comunhão, a imaginação, etc. Entretanto, ao analisarmos, como tive a oportunidade de fazer, seus escritos com uma maior paciência e olhar crítico, iremos perceber que o caminho que leva a experimentação de todos estes aspectos interiores abordados pelo diretor russo é ação física, ou seja, o pontapé inicial da criação do ator é a partir do corpo.

O que é TEATRO DE ANIMAÇÃO


O Teatro de Formas Animadas ou Teatro de Animação é um termo que vem ganhando espaço no meio contemporâneo e tem sido adotado e difundido por autores como Ana Maria Amaral (1996), por ser capaz de abarcar as diversas manifestações da linguagem cênica, onde se destaca a presença do objeto animado na performance do ator manipulador. Isto é, enquanto houver em um mesmo espaço cênico e, atuando ao mesmo tempo, o objeto animado, o ator que o manipula e o público. Deste modo, ao abordar o Teatro de Bonecos, o de Sombras, o de Luzes, o de Objetos, o de Máscaras ou de qualquer outra manifestação teatral, que seja calcada no processo de dar vida, conferir ânima ao inanimado ou ao que se pensa, a princípio, destituído de uma vontade própria, estaremos tratando do Teatro de Animação.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Uma esquete simples e cômica


Peça: O Brigão
Por Jaime Junior

(Um homem chega brigando, batendo em todos, arranjando briga. Num canto, o Rosenval triste, sentado, olhando um copo cheio. Depois do homem bater e  expulsar todos do palco, ele se aproxima do Rosenval)

Homem – E aí?... Fala nada não?

(O homem pega o copo do Rosenval e bebe sua bebida)

Homem – E então? Não diz  nada?

Rosenval -  Pro cê vê quando um cara não ta com sorte: perdi a muié... perdi o emprego... vem um cara e ainda bebe meu veneno!

segunda-feira, 25 de junho de 2012

O segredo do teatro

O ator nao trabalha exclusivavente com seu corpo, mas antes, trabalha sobre suas energias corporais. Essas energias sao forma de se relacionar com o tempo e o espaco as quais sao corpo, mas tambem consciencia ,portanto, atividade fisica e mental das mais refinadas e desenvolvidas que o ser humano foi capaz de produzir ate agora.
                                                Cia Novo Ato

sábado, 2 de junho de 2012

TRABALHO EM EQUIPE

Um grupo de teatro é formado por pessoas diferentes. Com pensamentos e temperamentos diferentes. É preciso que o diretor ou professor de teatro trabalhe exercícios específicos para promover a unidade, o trabalho em equipe e o cooperativismo. Augusto Boal trás em seus livros muitos exercícios sobre esse assunto. 
Não tem como trabalhar  se existe mágoa e falta de respeito dentro da equipe. Pois é necessário a cumplicidade entre todos. 

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Exercício Teatral ( Foco)

1) Andar pelo espaço. Marcar um ponto e ir em direção à ele. Quando chegar nesse ponto, escolher outro ponto e ir em direção à ele. Os andados variam, mais rapido e mais lento. Insistir para que mantenham o olhar no foco, sempre. Esse exercício treina marcaçao de espaço e foco.

2) Andar pelo espaço. E entregue uma bolinha de borracha para uma das pessoas. Essa pessoa continua andando e lança essa bolinha para outra dizendo o nome da pessoa na hora de jogar. E assim sucessivamente. Vão andando pelo espaço e jogando a bolinha para outros dizendo os nomes. Acrescenta mais uma bolinha e depois outra.

O Ator precisa sempre ter seu foco na cena. O foco ajuda na intenção em se realizar algo em cena. Mantendo o foco, o ator interpretará com verdade. Eliminando muita sujeira em cena.

Iniciando a aula

Os alunos ou atores, quando chegam para fazerem uma aula de teatro, chegam com a cabeça cheia de coisas do dia a dia, de problemas e pensamentos mil. E como começar uma aula dessa forma? Com a cabeça cheia de coisas? É necessário que haja um momento de desaceleração dos pensamentos. Uma nova respiração, um relaxamento das tensões do corpo, dos músculos. 
É preciso que se faça exercícios de relaxamento, respiração, a ponto de que os alunos entrem em um estado de relaxamento total. Só assim, é possível ter uma aula, ou um ensaio bastante produtivo. 
Abaixo, alguns exercícios para início de um processo:

1) Pedir que os alunos deitem com as costas no chão, diminua a luz, ou deixe tudo escuro. Peça para que sintam sua respiração. Que sintam o oxigênio percorrendo todo o corpo.  E peça para que vá relaxando os pés, as pernas, as coxas, o abdomem, os ombros, a boca, as bochechas, a testa, etc. Colocar música suave de fundo. 

2) Pedir para que os alunos bocejem e se espreguicem. Soltando sons pela boca. 

3) Fazer os procedimentos do tópico 1 e após, pedir que os alunos pensem em detalhes como foi o dia anterior, ou do ultimo natal, ou do ultimo reveilon, etc. Vai direcionando, desde os despertar até o deitar 

sábado, 24 de março de 2012

Comentários: Espetáculo "Desamor"


Comentários sobre a peça “Desamor” da Cia Oops!

Pessoal, pensa numa peça ruim. De baixa qualidade, um teatro de rua mal feito, onde o público abandona o espetáculo no meio e saem xingando. Onde os atores são mal preparados, um figurinho horrível, um texto que ninguém entende, mal selecionado.
Isso é o que não aconteceu hoje. O teatro de rua que vi, foi algo inexplicável. A Cia Oops! mais uma vez inova e trás o que há de melhor nessa modalidade teatral. Alta qualidade, uma produção digna de ser premiada e os atores  tinham o poder de nos levar a acreditar que a história realmente era real.
O espetáculo “Desamor” trás elementos circenses e muita cor.  O texto nos prende do início ao fim, e há um desenrolar da história num ritmo teatral muito bem trabalhado.  Realmente valeu a pena sair de casa num sábado de manhã, enfrentar o grande tráfico de Goiânia para ter momentos tão prazerosos !  O público composto por crianças, jovens e adultos foram envolvidos pela história. O espetáculo consegue nos tirar gostosas risadas e também momentos de emoção. Um final onde as emoções se confundiram, eu não sabia se ria, se chorava ou se beijava minha esposa, por um efeito que o “Desamor” trouxe, um amor incontrolável...
Parabéns Cia Oops! Com certeza, esse espetáculo, me desculpem, precisa ser copiado , apreciado e estudado pelas futuras gerações!!!!!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Início de um processo

Olá professores! Está na hora de começar um grupo de teatro na sua escola? Bem, vamos lá então!
A grande maioria começa pela escolha do texto que será encenado, depois reúne o elenco , faz uma leitura em conjunto, divide os personagens e manda decorar. Depois já marca o primeiro ensaio.
O resultado quase sempre é trágico! Os alunos abandonam o grupo durante o processo, muitos não dão conta de interpretar o personagem recebido e tudo se complica.
Primeiramente, é preciso entender que para se interpretar é necessário que o elenco passe por um "processo de construção". É importante que o professor escolha uma linha de algum estudioso de teatro como Stanislavski, Grotowsky, Viola Spolin, Boal, etc. Estude o processo escolhido, também estude com o grupo. Deixe o processo prático fluir, construa um corpo, uma inspiração, uma verdade em cada ator. Você verá que o processo será mais proveitoso e agradável, com menos desistências.
Ministrei recentemente uma oficina temática com técnicas de Commedia dell´Art,  foi muito legal! Os alunos amaram e o resultado foi surpreendente. É muito importante você estudar algum autor de teatro.
Agora lembre-se: "O Processo é sempre mais importante do que o produto final!!!!!"

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Valorização do Professor de Teatro

          Um dos maiores problemas que o professor de teatro ( e de outras disciplinas, relacionadas a arte) enfrentam é o preconceito, e daí advém todas as dificuldades : local inadequado para ensaiar, poucas aulas, desvalorização da disciplina, cancelamento das aulas etc. 
          O professor de teatro é visto , como  um professor inferior, já que a disciplina também é vista como brincadeira e distração. Isso dá-se pela falta de conhecimento dos gestores escolares e pela falta de capacitação dos proprios professores de teatro, que desconhecem sua real importancia no meio social, como agente de transformação.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Comentários  sobre o espetáculo "TESTEMUNHAS"  pela crítica, atriz, diretora Letícia Luccheze:
Link do site da Letícia: http://www.leticialuccheze.com/erroeacertonoespacocenico.htm


Vamos ser realistas, mas alguns futuros atores, que escolherem o caminho de stand up, de contador de estórias, ou mesmo o de monodrama; deveriam fazer primeiro, um laboratório dramático com Jaime Júnior. Por que o que foi aquilo? O que foi aquilo? Como pode, um único ator, sob o tablado ter concentração extrema, e dominar características corporais de personagens diferentes, acompanhado também de vozes diferentes? E em primeiro momento, foi feito tudo isso, ao mesmo tempo!!! As primeiras palavras do ator abriram as portas da peça teatral, ao público e mostrou a riqueza que estava por vir. Já dava até orgulho de estar sentado ali e em meio a isso, veio um peso na consciência no valor simbólico que foi a entrada, perante o espetáculo que estava ocorrendo. Como diz Zé Ramalho na música “O meu pais”: “...e as Artes não respeita...Pode ser o país do futebol /Mas não é com certeza o meu pais...”. Como pode isso? O Teatro é tão importante na formação do ser, chamado homem; que está virando porta aberta para o mercado de trabalho competitivo, para quem o tem no seu currículo. Como podemos combinar com os amigos de ir ao cinema e não combinar de ir ao Teatro? Zé Ramalho, bom companheiro nos trilhos das Artes. Jaime Júnior foi esplendorosamente orgânico, teve empatia, e encarnou os personagens de forma que conseguiu tocar no anímico da plateia, emocionando-a desde a primeira palavra, a última. Sua ação exterior foi rica, em expressão gestual e vocal; conseguindo expressar todas as emoções. Foi uma perda, para aqueles que não puderam estar presente e compartilhar deste espetáculo cênico. E olha que a peça esteve em cartaz por três dias consecutivos! No discorrer da peça, em meio as cara e bocas do ator, se pode compreender também como o Teatro Gestual por vezes, fala mais alto e sem impostação. Pois a cada movimento da sua face, de seus braços, de seu corpo dolorido, por vezes retorcido, cansado, desesperado e leproso; mostrou que o ator profissional não tem medo da plateia; pois ela está no tablado junto com ele. Mostrou também que o ator profissional não tem medo de se expor; pois ele está ali fazendo Arte. Arte com seu corpo, Arte com sua voz, Arte que toca no outro que chora. O texto dramático em questão, estava acarretado de clímax, em meio a histórias diferentes, mas todas ligadas por Cristo. E seu tempo dramático, durou exatos trinta e três anos, do seu nascimento a ressurreição. Independente de sua religião, ou se a peça é um auto; vale muito a pena estar sentado numa poltrona e ter a oportunidade que poucos têm de reavaliar a vida, no tempo cronológico de uma peça teatral.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011



Final de ano se aproxima. Muitos professores de teatro precisam apresentar alguma montagem  teatral de final de curso. Os donos de escola cobram isso. Mas, o professor de teatro deve atentar que o mais importante para o aluno não é a montagem final, e sim o processo. A montagem é uma consequencia do processo. É preciso que isso fique bem claro. E deve ser sempre explicado para os diretores da escola. No semestre passado, em uma turma de teatro, nós construímos um espetáculo. Trabalhamos o processo, o corpo-voz, etc. Mas o produto final não ficou muito bom. Mas deixei bem claro que o processo de construção foi um dos mais   satisfatórios que já presenciei!
Um produto final tem sua importância, mas a preocupação principal de uma oficina teatral não deve ser ele.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

VOZ E MUSICALIDADE NA FORMAÇÃO DO ATOR



Técnica Vocal ou Atitude Vocal?


    Não se admite que se conceba a função vocal separada da totalidade da atuação. A ação vocal, pensada como elemento integrante de cada momento da atuação.
    O ator precisa conhecer o aparelho vocal e suas possibilidades, somar experiências diversas no plano da atuação, que exijam diferentes maneiras de utilização da voz. Explorar, experimentar e inventar com a voz.
     A partir do questionamento e da formulação do problema apresentado por cada situação, o ator definirá o objetivo da atuação,o qual vai guiá-lo na elaboração de exercícios e na escolha de uma forma  determinada de atuação vocal. 

sábado, 30 de julho de 2011

TEATRO: EMOÇÃO ACESSÍVEL



Muitas pessoas me perguntam se levam jeito para teatro. A minha resposta é única: você só vai saber depois que estiver em cima de um palco, todos te olhando. Naquele momento você vai saber se vai querer retornar ou nunca mais viver aquele instante novamente.
Existe uma emoção sem igual ao estar no palco. Algo que nos arrebata.
Estar inserido no mundo teatral , seja no palco, ou no público, é uma emoção totalmente acessível e com certeza inesquecível!!!!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Morte Corporal


A morte endurece todo o corpo, começando pelas articulações.
Assim, são bons todos os exercícios que dividem o corpo nas suas partes, nos seus músculos, e aqueles em que se ganha controle cerebral sobre cada músculo e cada parte.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Eternidade


Estou escrevendo um monólogo que fala sobre "o partir para a eternidade".O tema morte é dificil de abordar. Quero fazer um texto que comova à todos, um texto que traga saudades, esperança. Um texto que não agrida a religião de ninguém, um texto que arranque lágrimas de emoção.
Um texto que fale de amor, um homem que não poderá mais estar com sua amada.
Todo dia escrevo um pouquinho. Espero que fique bom.

Abração!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

INSPIRAÇÃO

Engraçado que muitas pessoas que "fazem" teatro, não vão ao teatro. Não vejo atores, professores de teatro, nos espetáculos.
É preciso assistir montagens, se envolver. Prestigiar outras equipes e atores. Como sou médico se não vou à um hospital? Se não leio sobre medicina?

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Artista Criador

O artista criador consulta o seu povo, dialoga com o seu povo, inter-relaciona-se com ele e descobre as formas estéticas para o diálogo artístico. (Boal)

Ator indisciplinado

É muito ruim quando um ator no grupo se torna indisciplinado. O professor ou diretor terá muitos problemas se não diagnosticar o problema.
É preciso disciplinar e até cortá-lo do elenco, para que toda a equipe não se contamine e o trabalho fique comprometido.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Comentários do espetáculo:"O Jogo do Poder"

Aos amigos de todo o Brasil que acessam meu blog todos os dias, aos alunos e amantes do teatro:

Fui ao teatro na noite de 3º Feira assistir ao “Jogo do Poder” com Ivam Lima. Entrei no teatro e a ribalta estava fechada. Foram longos 15 minutos de espera. Ao soar do último sinal, as luzes da platéia começaram a diminuir e permaneceram acesas, não se apagaram totalmente.

Achei estranho,pois esperava uma escuridão e o abrir da ribalta majestosamente.

O ator entra e se coloca no proscênio com a ribalta fechada e começa um diálogo com o público. Claro, que houve depois de um certo tempo, o abrir da ribalta, mas o espetáculo foi iniciado com um diálogo que estabelecia uma intimidade do ator para com o público.

O texto é lindo. Poético e bastante reflexivo. Durante o espetáculo, meus pensamentos foram levados à diversos pontos de reflexão sobre a vida, minha vida e sobre mim.

Ivam Lima mostrou mais uma vez o quão foi escolhido por Deus para esta missão que se chama “teatro”.O ator estava lindo, impecável, todo seu romantismo e felicidade nos contagiava à cada instante.

Após o espetáculo, enquanto público, saí dali com uma imensa vontade de assistir mais peças, chegando a ser uma fissura. Enquanto ator, o espetáculo “O Jogo do Poder” me fez refletir sobre minha profissão: ser ator não é uma profissão e sim um sacerdócio. Saí dali com uma vontade imensa de atuar! E enquanto dramaturgo, ao assistir o espetáculo, à todo momento minha inspiração se aguçava, e mil e uma idéias novas me sobrevieram.

Com certeza “O Jogo do Poder” está entre as melhores e poucas montagens de 2011. Um espetáculo que deve percorrer todo o país.

Para os profissionais de teatro: após o espetáculo, sua vida nunca mais será a mesma!

Obrigado Ivam Lima, pela noite maravilhosa e inspiradora que você nos proporcionou!

Jaime Júnior

Ator, Diretor, Professor e Dramaturgo

Cia de Teatro Paz em Cartaz

Graduado : Bristol University College – Theatre

Fall River – MA EUA

Licenciatura em Artes Cênicas – Universidade Federal de Goiás (Cursando)

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Montagem de Espetáculo - Recuperação


Estou montando um personagem muito dificil. Um pai ignorante, triste pela morte de sua esposa,abusava do filho sexualmente e meio "ogro". Tenho pesquisado a corporeidade do cavalo , seus sons, suas máscaras.
Pesquisei fotos no Google Imagens, vídeos no You tube. Comecei o processo de estudo , imitando o que ia vendo.
Mas, o que mais assimilei foi a energia que o cavalo emana. Uma energia rústica, impotente , forte. Em alguns momentos me debruçava em lágrimas. Homem rústico, triste, ignorante, colérico. Toda essa gama de energia tomava conta de mim.
Eis um vídeo que tras alguns segundos do que está sendo montado.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

CORPO E MOVIMENTO



O corpo é capaz de fazer uma série ilimitada de ações e movimentos que são sentidos
na vida e em nosso cotidiano como pular, comer, andar, chutar, abraçar, acenar, coçar etc.
(pense, observe no seu cotidiano e anote no seu diário).
As ações corporais criam formas e desenhos no espaço, tamanhos e distâncias,
direções e orientações, volumes e vazios. Relembrando as qualidades do movimento – peso,
tempo, espaço e fluência – pode-se combiná-las em oito ações básicas que nos proporcionam
conhecer e explorar diferentes ritmos, improvisar, aprender a criativamente, elaborar novas
frases e explorar as parcerias na construção de frases coreodramatúrgicas. São elas: socar,
pressionar, torcer, açoitar, flutuar, espanar, deslizar e pontuar. Várias maneiras de exploração
das ações básicas possibilitam a construção, conhecimento e ampliação de seus movimentos
e capacidade refinada de reconhecer suas qualidades. Através de jogos e da ludicidade,
poderemos conhecer profundamente nosso corpo.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Construção de uma cena - Montagem de Espetáculo


Em Montagem de Espetáculo, para montar uma cena eu estive observando o mundo por muitos dias. Atento em tudo que acontecia ao meu redor.
Um dia , estava no ônibus quando entrou um vendedor ambulante e começou a vender seu produto para todos ali. Que coragem!
Algumas semanas depois, houve aquele assassino de Realengo. Aquele episódio mexeu profundamente comigo.
Enfim, montei uma cena onde um trabalhador de rua,vai para sua casa ao final do dia. Anoite ele se transforma em um assassino.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

O QUE SIGNIFICA SER UM "ATOR PROFISSIONAL"?



Uma vez surgiu uma discussão entre os colegas atores sobre o que é ser um "ator profissional". Estive pensando sobre o assunto e fui em outras profissões buscar o "ser profissional".
- O Advogado é um profissional da área jurídica, ele estudou para isso e trabalha nisso.
- Os profissionais da saúde são as pessoas que trabalham na área e têm algum curso de formaçao na área de saúde.
Assim, analogamente, o "ator profissional" é que exerce a profissão e tem uma formação teatral? Na advocacia existe o amador, ele é um auxiliar do advogado , gosta do assunto, aprende a linguagem e a dinâmica da profissão, mas não é um profissional, não pode advogar.
Hum... então o ator amador... ah ,deixa prá lá!!!!! hehehehe

quinta-feira, 17 de março de 2011

"Ele não transformou água em vinho!"



"Ele nunca transformou água em vinho!"
Afirma aquele que nunca o conheceu.
Afirma aquele que não pôde ainda provar de sua doce presença.
Afirma aquele que prefere acreditar numa lenda chamada "Dionísio" do que acreditar nEle, que o amou a ponto de se entregar totalmente.
Recusa-se acreditar que o teatro é sua sublime criação.
Em um ônibus lotado, percebo as várias fisionomias, pessoas cansadas, outras lendo, algumas sonolentas e outras impacientes. Quem acredita nEle? Muitos acreditam, mas o ignoram. Era segunda feira pela manhã.
"Ele nunca transformou água em vinho!"
Momento que não me sai da cabeça.
Como gostaria de fazer você acreditar que esse milagre aconteceu por você e para você! Ele não só transformou a água em vinho, mas criou o teatro em você e para você. Te encheu deste dom maravilhosa que te faz uma pessoa muito especial.
Sim, Ele é o criador desta arte e de todo artista.
Sim... Ele transformou água em vinho!

TEATRO: MINHA PAIXÃO



Quanto mais estudo teatro, mais me encho de vontade de encenar. O teatro tem uma rica história, muitos deram a vida por essa arte. Interessante como esse sentimento é latente dentro do coração. Não se trata de um "modismo", alguns até podem passar por um momento de euforia, mas os que são chamados para esse sacerdócio, tem uma paixão crescente, acima de circunstancias, acima de condiçoes favoráveis ou não.

Ser ator,
Teatrar,
Na verdade o que é isso tudo?
Quando voce descobrir, gostaria que me contasse!!!!!

VEM AÍ!

Pesquisa : Montagem do Espetáculo IV

Literatura de cordel é um tipo depoema popular, originalmente oral, e depois impressa em folhetos rústicos ou outra qualidade de papel, expostos para venda pendurados em cordas ou cordéis, o que deu origem ao nome originado em Portugal, que tinha a tradição de pendurar folhetos em barbantes. No Nordeste do Brasil, o nome foi herdado (embora o povo chame esta manifestação de folheto), mas a tradição do barbante não perpetuou. Ou seja, o folheto brasileiro poderia ou não estar exposto em barbantes. São escritos em forma rimada e alguns poemas são ilustrados comxilogravuras, o mesmo estilo de gravura usado nas capas. As estrofes mais comuns são as de dez, oito ou seis versos. Os autores, ou cordelistas, recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como também fazem leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores.

Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Literatura_de_cordel Acesso em: 17.03.2011

segunda-feira, 7 de março de 2011

OLHAR COMO O DIRETOR

Olhar interior...
Olhar exterior...
Enfim, há varios olhares. Olhar é codificar, sentir, perceber.
Quando o ator não pode reagir à ordem do diretor, por não ter no momento meios que o facilitem, deve dizê-lo, o que o estimulará, para que seu trabalho obtenha o máximo de realismo. O segredo é: ter o mesmo olhar que o diretor, que não é apenas um, e sim , um olhar de vários ângulos e sensações...

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

MONTAGEM DE ESPETÁCULO i - UFG


Olhar...
Perceber sentindo...
Dar significância,
Humanizar,
Sentir...
Um movimento de uma dança
O pingar de um resquício de chuva
Construir em conjunto
E não esquecer de olhar...
... o outro!

domingo, 26 de dezembro de 2010

SUPER DICA

ACESSEM ESSE ENDEREÇO PARA TEXTOS TEATRAIS!
http://meuteatro.blog.terra.com.br/
Peças para vários temas. Super legal!!!!!

TEATRO E A FORMAÇÃO DO SUJEITO


O teatro desde o surgimento do homem, sempre existiu como forma de manifestação cultural. Enquanto linguagem artística desenvolvida inicialmente pelos gregos, passou pelos rituais primitivos, concepções religiosas, entre outras, até chegar ao teatro clássico, como conhecemos no mundo ocidental, com atores, cenários e personagens a serem representados, ou seja, o espaço cênico como forma de cultura, demonstração e criação. Essa linguagem artística exige de maneira completa a presença humana: o corpo, a fala, o gesto. Além disso, manifesta a necessidade de expressão e comunicação individual e coletiva.

A dramatização proporciona condições para o crescimento do eu e do outro. Quando o indivíduo, enquanto sujeito, participa de atividades teatrais, adquire a oportunidade de se reconhecer e redescobrir-se dentro de um determinado grupo social de maneira responsável, criativa e humana. Legitima os seus direitos dentro desse contexto e estabelece relações entre o individual e o coletivo. Dessa forma, aprende a ouvir, a acolher e a desenvolver opiniões próprias, respeitando, porém, as diferenças culturais, sociais, sexuais e pessoais.

O TEATRO PROCURA O POVO!


O palco é qualquer lugar onde haja espaço para uma representação. Esse é o espaço cênico. Muitos profissionais acham que o cenário é indispensável fazer cenários que retratavam os lugares onde se passava a história do teatro, como numa floresta, num palácio ou um ambiente de uma casa. Esses cenários são chamados de cenários realistas. Mas também tem muitas pessoas de teatro que acreditam mais na imaginação e os cenários são feitos com elementos que apenas sugerem o ambiente da história.
Existem , na história do teatro, momentos e situações em que o teatro parece explodir, prorrompendo das estreitezas das salas e do ofício para derramar-se no exterior e englobar tudo o que de necessidades ou de formas expressivas encontra no exterior. Parece adquirir uma grande potencialidade em acolher e veicular o que de diferente ou de festivo uma sociedade for capaz de liberar. Tudo parece possível no teatro.
O teatro não se dirige nem ao público de teatro nem a um grupo de espectadores: procura o povo.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Teatro em escolas - Evasão


Trabalho com teatro em escolas, para alunos do fundamental e médio. Todo início do ano, a turma de teatro começa com 50, 60 alunos e termina com 10. Qual o motivo de tanta evasão?

Os motivos são diversos. Muitos entram por curiosidade, outros começam animados e vão vendo a seriedade que norteia essa arte. Principalmente quando começa-se o trabalho de construçao de uma peça.

Essa evasão me deixa triste. Todo ano preparo minhas aulas sempre pensando em evitar que os alunos parem. Tento ser o mais gentil e amigo possivel e tento dar aulas divertidas e agradáveis. Tenho conseguido cada vez mais segurar meus alunos.

A cada ano que passa, estudo e me aprimoro mais. O teatro é um mundo de prazer e sonhos, precisa tocar, agradar e fascinar!!!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

O problema dos braços no teatro

É importante que o ator no palco tenha domínio sobre teu corpo. Um dos problemas mais comuns é a paralização dos braços. No andar, no interpretar, alguns atores ficam com os dois braços imóveis e abaixados. Puxa, isso é horrível!!!!
A interpretação precisa envolver todas as partes do ser.

Esse problema pode ser solucionado com exercícios que levam o aluno a ter consciÊncia de todas as suas partes, seus músculos, seus ossos, seus movimentos.

Também mostrar que no palco, nada é sem propósito. Tudo tem um objetivo, seja o mais simples movimento ou o mais complexo passo de dança. Tudo tem um propósito!!! E cada movimento, gesto, expressão deve ser feito com muita consiencia, sabendo bem o motivo e a quê se destina.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Apenas talento

Muitos pensam que o ator só conta com a inspiração, terão de mudar de idéia.
O talento sem o trabalho nada mais é do que matéria-prima sem acabamento, no estado bruto.

domingo, 8 de agosto de 2010

PEÇAS PARA O POVO!

O povo não pode ser "domesticado" ou "amestrado" para aprender a gostar de formas ou espetáculos que não têm nada a ver com ele. Quanta vezes se ouviu dizer que o povo de determinadas cidades "não está preparado" para certa peça ou espetáculo? Isso é mentira, o que sucede é que esse espetáculo ou essa peça não lhe agrada, não lhe interessa... (Boal)

UM DIA COM LEANDRO HASSUN

É incrível o talento desse ator. Gravar com o Leandro foi uma experiência que acrescentou muito em minha vida profissional. Os momentos no studio com esse cara, foram momentos onde pude perceber um ator sensivel, educado e bom, sim, o cara é bom demaisssssssssss!! Ficava observando cada detalhe e tentando aprender um pouco mais.
Com certeza foi um dia inesquecível!!!!
Deus te abençoe Leandro!!!!!

Um dia de ZORRA TOTAL!

domingo, 1 de agosto de 2010

ACESSE PARA TEXTOS TEATRAIS GRÁTIS:
meuteatro.blog.terra.com.br

TEATRO PARA CRIANÇAS: TÔ FORA!

O teatro é uma arte milenar que fascina adulto e crianças no mundo todo. O teatro é uma comunicação clara e direta.
Atores, iluminação, música, dança, expressão corporal, máscaras, figurinos, cenários, são elementos que compõem esse mundo maravilhoso. Qualquer mensagem pode ser bem expressada através do teatro, assim, este se torna uma poderosa arma de comunicação.
Visualizar faz com que retenhamos maior porcentagem do que está sendo mostrado. Por isso, o teatro deve ser praticado em escolas, igrejas, creches, etc. O teatro informa, diverte e desenvolve habilidades a nível psicológico e motor.
Hoje, os atores se multiplicam por todo o mundo. As universidades de teatro estão lotadas de alunos que anseiam atuarem nos palcos. Mas, o grande problema é encontrar pessoas para trabalhar com o teatro infantil.
Trabalhar com crianças não é brincadeira!
É um trabalho árduo e exige algo além de talento, algo além de conhecimento, algo além de simples habilidades artísticas!
Onde encontrar pessoas para trabalhar com crianças? Autores que escrevam peças infantis? Coreógrafos que criem danças infantis? Diretores que tenham talento para dirigir crianças? Enfim, esse é o principal obstáculo enfrentado pelas instituições que se dedicam ao trabalho com crianças.
Embora sejam raros, posso garantir que esses profissionais existem. Pessoas que se dedicam a trabalhar com crianças, usando o ingrediente principal desse sacerdócio... o amor!

FRAGMENTOS DE STANISLAVSKY

“No Teatro, toda ação deve ter uma justificativa interior, deve ser lógica, coerente e real.“

“Durante cada segundo que estivermos no palco, a cada momento do desenrolar da ação da peça, temos de estar conscientes, ou das circunstâncias externas que nos cercam ou de uma cadeia inferior de circunstâncias que foram imaginadas por nós mesmos, a fim de ilustrarmos nossos papéis.”

segunda-feira, 26 de julho de 2010

A origem da expressão "merda" no teatro

A origem da expressão “merda” do teatro
Quem vive no mundo do teatro, dificilmente não fala merda antes de entrar no palco. O que muitos não sabem, sejam aqueles que utilizam a expressão ou aqueles que por ventura as ouvem, é que desconhecem a origem da expressão.
A expressão “merda” usada no teatro surgiu na França. Um ator iria apresentar a peça mais importante de sua vida, estava nervosíssimo, pois na platéia estariam os mais importantes críticos da cidade. No percurso de sua casa ao teatro encontrou muitos obstáculos. Primeiro, deparou-se com um incêndio, teve que desviar e acabou se perdendo. Como quem tem “boca vai a Roma”, conseguiu chegar ao teatro. Na porta do teatro para completar suas asneiras, pisou em um cocô. Entrou, atuou e saiu muito feliz com a melhor atuação de sua vida.
Assim, a expressão “merda” tem o mesmo significado de boa sorte e é sempre usada antes das apresentações. Lembrando que, nunca se deve agradecer com obrigado ou de nada quando alguém lhe desejar “merda”, deve responder apenas “merda” ou ficar calado.
Portanto, merda a todos.

Daniel Burgos
Professor de língua portuguesa e espanhola, especializando em literatura mato-grossense.
Trabalha no projeto “teatro encena” da escola Ramon Sanches Marques
Daniel Burgos
Publicado no Recanto das Letras em 19/04/2008
Código do texto: T953424

OUTRA TESE PARA “MERDA”:
Para quem não sabe: MUITA MERDA PRA VOCÊ! Ou apenas Merda! É assim que os atores e personas do mundo teatral desejam sorte um para o outro. Por mais que seja engraçada essa forma de querer o bem, esta frase, nascida na França de Molière, o berço do teatro moderno, vem sendo repetida a séculos por todo o mundo. Sua conotação de bonância partiu da grande quantidade de escrementos deixada pelos equinos que puxavam as carruagens que por sua vez levavam os nobres para apreciar os espetáculos teatrais, e quanto mais carruagens nos estacionamentos perante ao teatro, mais merda espalhada ao final do espetáculo e desse modo a enorme quantidade da mesma representava o quanto foi concorrido o evento daquela noite. Ao passar do tempo, a cada início de temporada o mais esperado entre os artistas envolvidos era exatamente “muita merda” espalhada por todo o redor do teatro, e assim foi se criando o hábito de desejar: MERDA! Se assim é, desejamos aqui para nossa nova coluna dedicada ao teatro exatamente isso, MERDA! aprenderam?
- silvia